12 novembro 2005

Freguesia de Joane

População: 6249
Actividades económicas: Indústria têxtil, agro-alimentar, comércio e serviços
Festas e Romarias: S. Bento (1.º domingo de Setembro), Santo Amaro (14 e 15 de Janeiro), Procissão do Senhor dos Passos (Páscoa), Santo António e Senhora da Carreira
Património: Igreja, Capela da Senhora da Carreira, Capela de S. Bento e Casa dos Castros de Vila Boa ou Casa da Torre de Cima
Outros Locais: Alto da Torre
Gastronomia: Pão-de-Ló
Artesanato: Guarda-sóis
Colectividades: Associação Desportiva e Popular “Os Águias”, Associação Musical de Joane, Associação Teatro Construção, G. D. de Ruivos, Grupo Folclórico de Danças e Cantares de Joane, G.D. de Joane, Sociedade Columbófila de Joane e Frater-nidade Nuno Álvares
Orago: Divino Salvador
Feiras: Semanal, aos sábados

Joane: Terra de templários
Freguesia do concelho e comarca de Vila Nova de Famalicão, Joane dista 11 quilómetros da sede do concelho. O primeiro documento que a refere data de 1065 A antiga freguesia terá sido reitora de apresentação da Mitra ou de apresentação alterada da Mira do Rei ou do Papa. Crê-se ter pertencido inicialmente à Ordem dos Templários que aqui tinha reitoria e comenda, mas em 1319 passou para a Ordem Cristo. Fazem parte desta freguesia os lugares de: Agra de Alvar, Assento, Bairros, Barreiros, Charrueiras, Cima de Pele, Cividade, Gavim, Giestal, Lapa, Mato Senra, Monte, Montilhão, Moutinho, Pulsos, Romão, Rúivos, S.. Bento, Souto, Sub-Carreira, Tapada, Telhado, Torre, Valdemar, Vau e Vila Boa. Atravessa esta freguesia a estrada feita pela compa-nhia Viação Portuense que liga Famalicão a Guimarães; dentro dos limites tem duas pontes, uma junto ao lugar de Vila Boa e outra no sítio de Laborins. A primeira atra-vessando o rio de Pele e a segunda o ribeiro de Laborins, além de vários pontilhões de serviço particular e público. No primeiro destes ribeiros abundavam trutas e peixe miúdo e em ambos há moinhos de moer milho grosso.

São antigas as referências à vila de Joane, remontando, as primeiras, ao período antes da formação da nacionalidade, nomeadamente ao ano de 1609.
De proveniência latina, o topónimo Joannem está associado e, historicamente relacionado, a um primitivo possuidor da “villa” (grande unidade agrária) do mesmo nome, existindo ainda a casa-sede e o local (aldeia de Joane), o qual se considera ter sido um dos mais respeitáveis proprietários do período romântico. Joane, indicará, por isso, uma antiga unidade agrária dimensionada pelos romanos, abrindo-se a estes a organização da primitiva agricultura da Península Ibérica.
Distando 11 km de Famalicão (sede Concelho), Joane é, hoje, um importante ponto de passagem de tráfego rodoviário. Contribui decisivamente para este facto a Via Inter-Municipal que liga a vila a Vizela em poucos minutos.
Ocupa uma área de 725 ha e conta com uma população residente de cerca de oito mil habitantes.
Das actividades económicas desenvolvidas, a indústria é, sem dúvida, a dominante seguindo-se o sector dos serviços que se tem implementado e desenvolvido. Assim, Joane, assume-se como um pólo de desenvolvimento em plena expansão. A confirmar e consolidar esse desenvolvimento saliente-se o facto de, em 3 de Julho de 1986, ter sido elevada à categoria de vila, afirmando-se como um dos centros mais desenvolvidos do concelho.
Quanto à Heráldica – armas e brasão – recentemente aprovada, é constituída por quatro castelos, dada a categoria de vila, uma roda dentada simbolizando a indústria e os restantes elementos, espigas e cacho de uvas, como símbolo de fertilidade e agricultura.


Joane (António Luís Machado Guimarães, 1.º barão).
n. 31 de Janeiro de 1820.
f. 18 de Junho de 1882.

Fidalgo cavaleiro da Casa Real; comendador da ordem de Cristo, cavaleiro da de N. Sr.ª da Conceição, proprietário na vila de Joane.
N. em V. N. de Famalicão a 31 de Janeiro de 1820; fal. em Joane a 18 de Junho de 1882.
Casou duas vezes; a primeira com D. Joana Teresa Guimarães, e a segunda com D. Praxedes de Sousa Guimarães, filha de Bernardino de Sousa Guimarães, capitalista. Do primeiro matrimónio, houve um filho, com o mesmo nome de seu pai, nascido a 18 de Janeiro de 1846, que fal. há poucos anos, o qual foi presidente da câmara municipal de V. N. de Famalicão e o 2.ª barão de Joane. Do segundo matrimónio foi filho o Sr. conselheiro Bernardino Machado. (V. Machado Guimarães). Teve a concessão do título de barão de Joane por decreto de 11 e carta de 16 de Julho de 1870. 0 brasão de armas é um escudo com as armas dos Machados. A baronesa viúva, D. Praxedes de Sousa Guimarães, fal. em Vila do Conde em Setembro de 1901.

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