O governo prometeu um choque tecnológico.
O mundo, como se sabe, sofreu nos últimos anos um choque tecnológico sem que o governo português o tivesse prometido. Qualquer acto de governo em Portugal agora está enquadrado no choque tecnológico, ou no simplex.
Ou em ambos.
É o caso da caixa electronica dos CTT. Já no último governo socialista tinham inventado uma coisa parecida, a que ninguém aderiu.
Agora o sistema é diferente. E muito simplex.
Imagine um cidadão português, sem acesso à internet (a maioria), que queira sofrer o choque e ter uma caixa electronica dos CTT.
Em vez de receber o correio em casa diariamente, só tem que ir a um posto dos
CTT (durante a hora de expediente, naturalmente), abrir a caixa e mandar imprimir o correio. Simplex.
Mas isto não é para já. Porque as estações de correio não têm computadores (a de Joane às vezes nem selos tem...). É para o futuro.
Sim, porque isto dos choques tecnológicos tem de ir devagarinho.
Se alguém quiser usar o seu endereço electrónico actual para receber os mesmos documentos não pode. Porque não é dos CTT. Chocante? Não. Simplex!
5 comentários:
Estações de correio sem computadores??? em que mundo é que tu vives???? Orienta-te, sê mais simplex, cara!!!
Vivo em Portugal. E estações dos correios com computadores para os clientes é coisa que nunca vi.
Agradeço a gentileza de me informar em que mundo vive V..
O autor do post inicial parece-me um indivíduo cá de Joane que eu conheço superficialmente e que tem um complexo: só ele é que tem razão, só ele é que sabe, só ele é que faz bem.
Melhor faria que se candidatasse a um cargo público.
Na sua perspectiva mesquinha este Governo já devia ter feito tudo e mais alguma coisa. Mas quando são os dele (porque já se percebeu que este Governo não é dos dele), coitados, não fazem mais por causa da herança, dos funcionários, da legislação, da oposição, do Tribunal de Contas...
Pelos vistos, até desconhece que os dele (como os da Câmara de Famalicão) têm, pelo menos, um posto público de acesso à internet.
E se mais não têm é porque depois de terem chegado ao poleiro também se esqueceram que haviam prometido descentralizar serviços e investimentos. Mas isso não convém que se diga.
A questão não é o governo fazer tudo e mais alguma coisa. É gastar tempo a fazer coisas sem grande utilidade, promovidas por empresas. A que propósito é que o governo se associa a uma iniciativa de uma empresa (os CTT)?
Se a ideia é facilitar, porque não utilizar as contas de e-mail que as pessoas já têm?
De resto ficamos todos descansados por a câmara de Famalicão ter um posto público de acesso à internet (para 130 mil pessoas).
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