Os núcleos do PSD e do CDS/PP da Vila de Joane acusaram ontem o presidente da junta, Ivo Sá Machado, de estar a empreender uma guerrilha contra a Câmara de Famalicão e, com esse tipo de comportamento, estar a «brincar com os joanenses e a prejudicar a vila».
Em conferência de imprensa, Joaquim Loureiro (PSD) e Manuel Guimarães (CDS/PP) insurgiram-se ainda contra a forma como foi aprovado o relatório de gestão da autarquia local. Numa primeira reunião foi detectado um erro de duplicação das receitas e por isso, a aprovação foi adiada. Na reunião seguinte, a coligação “laranja/popular” votou contra alegando que as contas da junta não foram devidamente elaboradas. Ora, nessa reunião um dos membros do PS faltou e um outro absteve-se, resultando na reprovação do relatório.«Num acto desesperado o presidente da junta apelou ao bom senso dos membros e alertou para as consequências da reprovação do documento, pelo que, o socialista que se absteve alterou a sua intenção de voto, viabilizando o relatório», afirmou o “popular” e presidente da mesa da Assembleia de Freguesia, Manuel Guimarães.Por seu turno, o social democrata Joaquim Loureiro referiu que Sá Machado deve tirar as ilações desta actuação, sem contudo sugerir a demissão.O líder do núcleo “laranja” constatou existir «uma grave crise» no seio do PS local. Só assim compreende como é que numa reunião daquela importância um membro possa faltar e o outro não votar favoravelmente um documento apresentado pelo presidente eleito pelo seu partido.Em remate, os líderes da coligação PSD/PP afirmam-se preparados para levar, como oposição, este mandato até ao fim ou enfrentar eleições antecipadas caso Sá Machado se demita.
In Diário do Minho [13/05/2003]
13 maio 2003
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