Artido de opinião do mandatário da candidatura do PS, publicado na edição de 14-09-2005 do Jornal Entre Vilas
Anda por aí um coleccionador de fotografias. Pede a este, àquele e a outro. Todos servem para dizer que apoiam o candidato dele. Desde que a fotografia não seja a dele, porque esse segundo lhe disseram, tira votos. Todas servem para a caderneta que há-de ser impressa.
Percebo agora porque há já alguns anos, numa entrevista afirmou: “para o que faço ganho pouco”. De facto o trabalho que lhe foi confiado e que justifica o seu vencimento é escasso. Sobra até tempo para andar a qualquer hora do dia a coleccionar fotografias, fazer visitas e outras coisas que em Joane, todos aqueles que conhecem o cavalheiro, sabem o que anda a fazer. Este trabalho, esse sim, é muito e justifica o vencimento que vi estampado num jornal.
É um trabalho que não é para qualquer um. É um trabalho que requer responsabilidade e amor à camisola.
Não se coíbe de abordar quem quer que seja, onde e como. Tudo vale, pois a empreitada que tem pela frente não permite grandes deslizes.
Por falar em deslizes. Os que cometeu, parecem ter comprometido o seu segundo lugar na lista tendo que abdicar a favor de outros uma vez que, segundo me disseram, o seu nome estava queimado. Que pena! Um homem tão lutador, tão afoito e tão servidor do Templo, não ser o no2 da lista. Que humildade a deste homem que se verga, que aceita e que, até mesmo, cede o lugar a outros em nome da causa.
Do Pregador
Tenho as mãos limpas, gritava com o microfone no punho, perante os que o ouviam. Da plateia que o ouvia surge uma voz: tem-nas limpas porque não sabe o que é trabalhar. Continuou contudo com a sua gritaria. Votar em mim é votar no progresso, porque os outros não têm sonho. Votai em mim, berrava agora com mais força, porque eu não tenho interesses ao contrário de outros. Tenho vontade de vos servir. Da plateia alguém interrompe e vocifera: você é o mesmo que há uns anos atrás veio com a mesma conversa e depois de ser eleito para a Assembleia de Freguesia, esqueceu-se daqueles que em si votaram.
O homem que falava às massas corou, mas rapidamente retomou para dizer: Olhai, volto agora porque pensava que as coisas iam melhorar. Não se fez nada. Não há vontade e rematou dizendo. Somos sérios e por isso queremos servir-vos ao que alguém volta a responder: pudera não ias dizer que eras trafulha!
O pregador despede-se e atira para si próprio: vamos embora que aqui já me conhecem.
PS: qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.
Custódio Silva
Mandatário do PS Joane
cmfs@mail.pt
14 setembro 2005
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