02 maio 2006

Sensibilidade sindical.

A propósito de mais um Primeiro de Maio descobri que além de não ser sindicalizado, não tenho o mesmo tipo de sensibilidade dos sindicalistas e sindicalizados.
Isto porque, nas comemorações do feriado, ouvi vários intervenientes manifestarem-se "chocados" com os lucros de algumas empresas.
Eu pensava que o objectivo das empresas era terem lucros. Enganei-me. E, ao contrário dos sindicalistas, a mim o que me choca são os prejuízos das empresas públicas, não os lucros das empresas privadas.

Enfim, o sindicalismo começou a defender os trabalhadores, e acabou a defender os privilégios dos funcionários públicos.

15 comentários:

Anónimo disse...

Eles só estão satisfeitos qd as empresas não dão lucro! Assim começam a correr o risco de falência e assim eles são "necessários"... Enfim, mais um grupinho a olhar pela vida deles a fazer de conta que se importa com os outros!

Anónimo disse...

A ponderação é necessária para evitar barbaridades e banalidades destas!
"Eles" são quem?
Já agora: as tais declarações foram proferidas onde? Por quem? Terá sido no encontro-convívio à beira-rio, com L F Menezes, Marques Mendes e o UGTista João Proença? Ou foram os sindicalistas "vermelhos"?

Anónimo disse...

"Eles" são os dirigentes sindicais deste país!! Ora quem seriam...
Esclarecido?

Anónimo disse...

Plenamente. Não sabia que o Arménio Santos, o João Proença, o Carvalho da Silva, o Marques Mendes, o Luís Filipe Menezes e quejandos só estavam interessados na falência das empresas... Malandros! Prá cadeia com eles, já!

Anónimo disse...

A gente lê cada uma!
Realmente, malandros de sindicalistas que querem a falência do país, cadeia já.
Já os patrões, cantem-se-lhes hossanas a essa classe de patriotas que só têm o bem comum em mente. Se calhar, estes mesmos patrões que durante anos investiram fortunas na modernização das máquinas das suas empresas, basta vê-las à noite em exibição à frente do Serenata, Mercedes, Porsche e todos os outros que têm contribuído para que o nosso país seja motivo de orgulho e apareça no primeiro lugar do ranking dos veículos de luxo.
Se calhar estes mesmos "empresários" que agora se deslocalizam, vão acossados por essa corja ignóbil de trabalhadores e sindicalistas que lutam pelos seus, nossos, direitos.

Anónimo disse...

Caro eu said: o que o senhor faz é uma generalização grosseira. Pouco recomendável. Porque, dizer que "todos" os sindicalistas só querem a falência das empresas, é como dizer que "todos" os patrões só querem ludibriar o Estado e ensaiar umas falências duvidosas (E olhe que as há, há...). Podendo ser verdade nalguns casos, não é, decididamente, no todo.

Anónimo disse...

Claro que quando digo que "desejam falências" é uma forma de expressão! Mas porque será que se indignam tanto com os lucros das mesmas? Não é uma empresa lucrativa uma empresa pelo menos mais estável para os seus trabalhadores? Não é isso que todos queremos? Porquê ess "ódio" aos patroes? Eles seriam melhores patrões? Força, que se lancem ao desafio!! Eles e qq um de voces que se limitam a criticar!! Vá!! Arrisquem! E depois já podem ser os samaritanos que apregoam... Quanto aos carros de "luxo", se alguem ganha dinheiro que lhes permite isso querem que tenham vergonha? Que enterrem esse mesmo dinheiro num buraco? Pelo menos sempre dão dinheiro a ganhar a outros...

Anónimo disse...

Não queremos que tenham vergonha, só queremos que não gemam de cada vez que se fala em aumentos salariais, e comecem com a lenga-lenga da falta de capacidade financeira. Se o meu caro 'eu' der uma voltinha por Espanha, com facilidade reparará que nesse país que nos últimos anos tem crescido de forma assombrosa, não se vê a quantidade de carrões que se vê por cá. Será que os empresários lá são envergonhados? Ou serão só mais justos?

Eu (próprio) acho escandaloso que os bancos anunciem aumentos de lucros brutais à custa de taxas, taxinhas e taxonas que vão impondo aos clientes. Quando ainda por cima são beneficiados em termos fiscais, sem ninguém saber muito bem por quê. Se para si isto é normal, para mim é uma vergonha. E para isso é que servem estes locais para cada um expôr as suas ideias.

Anónimo disse...

Sr. "próprio", está a querer dizer que os patrôes do nosso país vizinho são mais "pobres" que os nossos?! Enfim, basta ver a dimensão das empresas deles e das nossas que isso cai por terra... Quanto aos bancos podemos sempre aumentar a carga fiscal bem acima do que têm os outros países, que certamente os bancos como bons samaritanos que são não mudavam de imediato as suas sedes nem nada... E fica de pé o meu repto: força, arrisque! E depois já pode ser o patrão que iadeliza....

Anónimo disse...

Meu caro 'eu', na sua opinião só podemos criticar se exercermos determinada actividade, assim, não posso dizer mal de um livro visto que não sou escritor; não posso criticar um restaurante pois não me dedico a tal actividade; não posso sequer dizer mal do governo pois nunca me candidatei a tal. Tenha dó o facto de não ser empresário não pode ser impeditivo dos meus juízos sobre essa classe.
Quanto aos espanhóis explique-me uma coisa segundo várias reportagens recentes as casas em Espanha são mais baratas do que cá. Conheço alguns casos de gente que foi trabalhar para a construção civil em Espanha pois ganha mais. Diga-me então onde está o segredo?
Eu explico em Portugal, quer lhe agrade quer não, qualquer empresário iniciado com os primeiros dinheiros que encaixa compra um Mercedes. Não se preocupa com os encargos que terá de pagar, depois tem de ir buscar o dinheiro a qualquer lugar. É por isto, na minha opinião, que se vêem menor número de carrões. Até porque se ler o que escrevi eu referi-me a quantidade e não à inexistência absoluta de carrões.
Coitadinhos dos bancos, se eu ganho menos que nos outros países e tenho uma carga fiscal entre impostos directos e indirectos semelhante ou superior à da maioria dos países da União Europeia, porque diacho as referidas instituições hão-de ter tratamento diferente?

Anónimo disse...

As casas em Espanha são MUITO mais caras que em Portugal e estao a aumentar a 15% ao ano...

Anónimo disse...

Acabo de ver um T2 em Vitória-Espanha com 55 metros quadrados, simé verdade, 55 metros quadrados!) por 240 000 Euros.
Exemplos como este são muitos em Espanha
Se isto é mais barato que cá...

Anónimo disse...

Então as casas em Espanha são mais baratas que cá??!! Lamento informar que está MUITO mal informado. Já agora, nunca disse que só podia criticar se fosse patrão. Disse apenas que para além de criticar, poderia de facto ser um patrão "diferente"! É só tentar! É que depois talvez visse as coisas de um prisma um pouquinho diferente... Ou não!

Anónimo disse...

Os preços das casa em Espanha já foram alvo de várias reportagens televisivas. Ainda há pouco tempo mostravam naturais de Alcoutim que tinham decidido morar em Espanha, apesar de trabalharem em Portugal, pois lá as casas eram mais baratas. O mesmo se verifica em Elvas. No Porto há um prédio com vista para a Foz onde há cerca de 15 anos um T1 custou cerca 50 000 contos (€250000).
Eu contínuo sem perceber uma coisa os patrões em Portugal são fabulosos, o que está mal são os trabalhadores e os sindicatos?
Na Visão da semana passada era afirmado num artigo de opinião que em Portugal os salários dos administradores dos bancos são tão altos que batem em termos absolutos os dos seus pares do resto da Europa e até dos EUA, segundo o mesmo artigo, os salários dos administradores do BCP já foram alvo de crítica do Wall Street Journal.
Quanto ao que o meu caro disse ou deixou de dizer as suas palavras estão registadas acima para quem quiser ler.

Anónimo disse...

Olhe, já que se refere ao Wall Street Journal, actualiza-se. O Journal já pediu desculpa aos leitores e ao BCP, porque o artigo a que se refere foiredigido com base em informações erradas.