31 maio 2006

Avaliar professores.

O ministério da educação pretende que os pais contribuam para a avaliação dos professores.
Os professores, a quem já custa ser avaliado, protestam e dizem que os pais não têm competência para os avaliar.
Como é evidente, para os professores, os pobres pais portugueses são uns mentecaptos, sem quaisquer competência para fazer o que quer que seja. A não ser pagar os impostos que sustentam os professores.
Claro que a ideia do ministério é estapafurdia.
No mundo real, os pais já avaliam escolas e professores. Sabem quais são as boas escolas e as más escolas. Sabem quem são os maus professores e os bons.
Sabem, mas pouco podem fazer. Porque o ministério não deixa aos portugueses oportunidades de escolha.
Se queremos avaliar professores, basta que se deixe cada familia escolher a escola para os seus filhos. E que se essa escolha recaír numa escola privada, os filhos sejam financiados no mesmo montante que custam no ensino público.
Porque os pais e as familias portuguesas sabem distinguir o bom do mau.
O estado é que não lhes dá oportunidade de manifestar essa escolha.

38 comentários:

Anónimo disse...

Podes começar, para de facto mostrares que não és mentecapto, a utilizar caracteres menos "artísticos", que toda a gente entenda.
Quanto aos impostos, são pagos por todos, inclusive pelos professores. Muuuuitos impostos. Mesmo para aturar certos pais arrogantes e iletrados (com ou sem doutoramentos) e os respectivos filhos que não têm sucesso escolar pelo simples facto de que não trabalham. E esta, hein?

Anónimo disse...

Muito bem sr. professor, o corporativismo revela-se sempre.
Caracteres artisticos só se for no seu computador, no meu (mentecapto) os caracteres são normais.
Os professores pagam impostos? Claro que sim. Mas dantes não pagavam e quando começaram a pagar protestaram como doidos. Acresce que o ordenado que recebem provém INTEGRALMENTE dos impostos.
Os professores têm de aturar pais arrogantes e iletrados? Ossos do oficio. Podem sempre tentar mudar de profissão.
A questão é que nada disse são argumentos contra o facto de não quererem ser avaliados, nem contra o facto de o estado não permitir aos pais a escolha das escolas.
Esse é o ponto, sr. professor. Que é que tem a dizer a isto?

Anónimo disse...

Os professores são uns malandros. Vão trabalhar.
Horários completos de 22horas.
Férias no Natal, na Pascoa e férias grandes.
Semanas abertas, da cultura e do desporto.
Piquem o ponto nas escolas. Tenham um pingo de vergonha.
Vão trabalhar malandros.

Anónimo disse...

Amigos o Zé da chipa é que tem que trabalhar oito horas por dia.
22 dias úteis de férias! Os professores quantos 22 dias?
È com estas coisas que Portugal não sai de cepa torta.
Os caracteres artisticos que refere devem ser no seu computador, no meu os caracteres são normais.

Anónimo disse...

A vida de professor é dura.
No final da carreira têm horários completos de 12 horas. 12 horas, imaginem a violencia.
E depois há o vencimento. Tão baixo tão baixo que é, comparativamente, um dos maiores da União Europeia.
O que nos vale é a sua grande qualidade. 50% dos jovens portugueses, no final da escolaridade obrigatória são praticamente incapazes de ler e interpretar um texto.

Anónimo disse...

A questão não é a valorização da profissão de professor, mas sim o facto de a avaliação por parte dos pais dos alunos poder gerar uma dinâmica de influências, subornos que infelizmente reina no nosso país, mas que é importantíssimo, até para a educação e maturação dos alunos, que esta realidade fique arredada da sala de aula.
Ora, existem pais que acreditam cegamente nos seus filhotes e se há más notas, a culpa é do professor e não do filho que não é assíduo nem tão pouco estuda em casa.
Fundamental será emanar um sistema de avaliação de professores (cada vez mais o ensino superior é um negócio e particularmente nos institutos privados prevalece o facilitismo) que seja válido e fiável, dado que entregar essa responsabilidade aos pais é deteriorar e deturpar o desenvolvimento harmonioso e criterioso dos alunos.

Anónimo disse...

Este é um blog provinciano do PS, um partido actualmente mais fascista do que alguma vez a ANP terá sido. Este partidozeco não mais terá o meu voto, não mais até ao dia em que morrer. Este partido arrisca-se a morrer - e com muito merecimento. Estou, inclusive, disposto a votar no PSD, por mais sapos que isso me faça engolir. No seu pouco tempo de governação, o governo do fascista Sócrates não chegou a lado algum , salvo ao aprofundamento da imensa crise nacional e ao esplendidamente conseguido objectivo de colocar os portugueses uns contra os outros. Eu sei que as pessoas têm muito medo de uma revolução, sei que são amarelas, tão amarelas... Mas esses "responsáveis" que vocês defendem estão a pedi-las, a pedi-las muito, muito, muito. E no dia em que rolarem umas quantas vabeças, vou bater palmas. Este não é o meu sentimento de indivíduo maníaco: é o sentimento crescente de muitos portugueses, o que é significativo. Só não vê quem é ceguinho.

Anónimo disse...

Não sou professor, mas o que tenho lido, conhecendo muito bem muitos professores, na família e fora dela, causa-me arrepios. Causa-me arrepios pelo chorrilho de mentiras que tem vindo a ser injectado nas veias frágeis dos portugueses e que tão narcótico se tem vindo a revelar. Embora haja, certamente, profesores que trabalham menos e outros mais, não me parece que trabalhem menos do que quaisquer outros profissionais e parece-me, perdoem-me o sacrliégio, que trabalham, inclusive, mais do que muitos outros profissionais. Se o país está mal, que digo?, péssimo, porque moralmente péssimo, não é culpa nem dos professores nem da função pública. Aliás, não tenho podido ver que o privado funcione muito bem - se assim fosse, o privado, gerador de riqueza, gerá-la-ia. Não é isso que acontece. Sejamos objectivos, se fazem o favor!
Depois, vejo a palavra "corporativismo", assim lançada aos quatro ventos como se fosse um palavrão! Mas que imenso disparate! Antes de mais, na minha modesta opinião, os professores não são corporativistas - se o fosem, ninguém teria poder para jogar com eles como peões de um jogo de xadrez. Mas o dito corporativismo não é nada do outro mundo. Em qualquer classe, se não houver corporativismo, todos lhe passam por cima até os reduzir a pó. Corporativismo, coisa má? Juizinho!
Sinto-me triste de viver numa casa onde por não haver pão (responsabilidade exclusiva dos sucessivos governantes e classes ditas empresariais) todos ralham e ninguém tem razão.

Anónimo disse...

Concretize.
Escreveu muito mas não disse nada.
Este governo, quer se goste quer não está a atacar os problemas. por muito que isso custe a muita gente.
O Pais precisa de quem tenha coragem e este governo está a tela sr. professor.

Anónimo disse...

O problema não é atacar os problemas, acho muito bem que o façam, se existem problemas, o caminho é resolvê-los.
O grande problema é "COMO?", isto é, a forma como se pretende resolver esses problemas. Qualquer cidadão concordaria que é necessário resolver problemas, no entanto projectar soluções é o mais complicado e eventualmente não está a ser efectuado da melhor forma.
As decisões não devem ser tomadas para agradar a maioria dos cidadãos, mas sim para servir a sociedade...

Anónimo disse...

Não é meu hábito escrever muito e não dizer nada. Tenho a certeza de que em termos de escrita, diferentes técnicas de escrita e capacidade de síntese lhe posso dar lições todos os dias da sua vida. Perdoe a aparente arrogância, mas falsa modéstia é pecado mortal.
Daí que não tenha que me repetir nesse tipo de conversa circular e aparentemente correcta de que os amadores da política tanto aplaudem. A questão, como atrás se disse, não é "atacar os problemas" e sim "como". Este governo, que tão bem se tem governado a si mesmo, ataca os portugueses e não os problemas. Este governo é altamente incompetente e está a encarregar-se de colocar a última pedra no túmulo da democracia. Concluindo apenas: a revolução parece sempre impossível, mas não é por isso que alguma vez deixe de ser feita. Espero que desta vez os culpados paguem com língua de palmo, que o tempo dos cravos está morto.

Anónimo disse...

O Governo diz que está a tomar decisões, mas na maioria dos casos está a mascarar as coisas.
Uma coisa é tomar decisões, outra é afrontar as pessoas. E é isso que o governo tem feito.
Concretamente, no caso do ensino, basta ler um pouco do novo estatuto da carreira docente para perceber que está infestado de uma linguagem perversa, em que ao professor são atribuídas mil e uma funções. E no entanto bastava escrever: a função do professor é ensinar. O resto é palha. Uma palha que tem vindo a encher o discurso do pessoal das ciências da educação, mas que não quer dizer coisa alguma.
Leiam, porque vale a pena:
www.filedu.com/ncratoeduques.pdf

Anónimo disse...

Peço desculpa pelo par de erros de escrita, que ocorreram pelo facto de estar a escrever à velocidade do pensamento. Não de um pensamento extemporâneo e inconsequente e sim de um pensamento que, muito infelizmente, se foi construindo enquanto a podridão da classe política e a incompetência dos pseudo-empresários foram destruindo as fundações de Portugal pedra a pedra.

Anónimo disse...

Há aqui uma voz que trouxe a terreiro a questão do Estatuto da Carreira Docente. Eu concordo quando escreve que o papel do docente é ensinar. Não sei é se os sindicatos e os próprios professores a iriam aceitar, pois logo viriam dizer que isso era esvaziar o seu conteúdo funcional.
Quanto à avaliação dos professores pelos pais gostaria de dizer que penso que essa avaliação será apenas um contributo e não o elemento marcante. Como pai aceito perfeitamente que uma das minhas filhas tenha 2 a Matemática e a Português se os seus conhecimentos não dão para mais (e notem que com isso chumba o ano, como se costuma dizer). Já me custa ver que numa só semana sejam marcados 6 momentos de avaliação, que um docente permita que um aluno ande o 1º e o 2º períodos com dificuldaes patentes a Matemática (mesmo com o apoio dos pais em casa) e só no 3º período decida que esse aluno precisa de apoio pedagógico, entre outras coisas.
Isto já para não falar que em certas escolas os filhos dos docentes acabam sempre reunidos na mesma turma, têm os melhores profesores... mas isto deve ser só coincidência!

Anónimo disse...

É claro que o papel do professor é ensinar! Desde sempre que eu tenho andado a tentar meter essa coisa tão lógica nas cabeças duras de muitos - felizmente, vai havendo cada vez mais gente a concordar. Aliás, se o professor não ensinar (o que pode e deve poder ser complementado com actividades meritórias como clubes de teatro ou jornais de escola, entre outros, que pouca gente se dá ao trabalho de fazer e que não vi nem de longe referido na proposta altamente burocratizante do Governo), está a fazer o quê pelo país e pelos alunos que lhe são confiados e que futuramente necessitarão de ter hábitos de trabalho, de responsabilidade, conhecimentos e capacidades que vão da memorização à dedução?

Eu acho que Portugal está doido e é isso que me põe doido a mim.

Devo, também a propósito, referir que além de professor sou pai, que gosto de poder acompanhar o meu filho, que "vou aos arames" de cada vez que mo tornam mais impossível em nome de um nivelamento qualquer por baixo, tanto mais que sou divorciado, e que não tenho a mínima vontade de avaliar os professores do meu filho. A mínima... Prtendo simplesmente acomapanhá-lo, manter-me a par do que ele faz e deixa de fazer (mais através do diálogo com os seus professores do que com reuniões de pais que acabam sempre, pelo que me foi já dado ver, em semi-comícios semi-paranóides) e intervir pessoalmente quando considerar necessário. Não pretendo mesmo avaliar seja quem for de outra forma. Para isso é que há, em todos os lados, hierarquias, umas vezes melhores e outras piores. Mas há. Tudo isto é altamente pernicioso e causa-me urticária.

Anónimo disse...

Um ponto de ordem: Um leitor viu neste post um apoio do autor ao governo de Sócrates, a que apelida de "fascista". Pelo que li parece-me que se trata de um professor. espero que não seja professor de português nem de história. De história porque se chama "fascista" a Sócrates não faz a mínima ideia do que foi o fascimo.
De português porque se leu o post deveria ter percebido que o post é tudo menos de apoio ao governo. Repare-se que o post diz: " é claro que a proposta do governo é estapafurdia". É isto apoio?
O post é em defesa da liberdade de escolha dos pais. Os pais deveriam poder escolher as escolas para os filhos. E assim, naturalmente e sem confusões se iria fazendo a avaliação dos bons e dos maus professores, das boas e das más escolas.

Anónimo disse...

Giro. Neoliberal, também. ;)

Anónimo disse...

Já agora, não gostaroa de deixar aqui bem claro ao dilecto comentador, relativamente ao que afirma que o "fascismo" não se pode medir, em 2006 e no seio de um projecto europeu, da mesma forma que se leria há 60 anos. Negá-lo é dar o seu apoio velado ao... fascismo.
Quanto ao texto, sinto dever esclerecê-lo, porque não o imagino preparado para o entender, que um texto não se lê no pormenor e sim no todo. O pormenor pode induzir as almas mais incultas em erro se não for corrrectamente inserido na globalidade.
Assim, mantenho o que afirmei com a certeza do que afirmei.

Anónimo disse...

ERRATA (bolas para estas coisas que não podem ser corrigidas): "Não gostaroa" deve, obviamente, ler-se "gostaria".

Anónimo disse...

Lamento contradize-lo meu caro, mas quem está a dar apoio velado ao fascismo é V.. Ao chamar de "fascista" um líder de uma democracia do tipo ocidental, está a relativizar o que foi o verdadeiro fascismo. Vejo que trabalha as palavras com agilidade e tem o cuidado de atender ao contexto, antes de reforçar que este é um governo "fascista". A habilidade, contudo, só reforça o que disse: esse discurso branqueia o verdadeiro fascismo. Há palavras que, pela sua dureza, devem ser reservadas precisamente para as situações a que se aplicam.
é o caso de "fascismo".
Compreendo o seu desencanto. Sócrates enganou-o. Paciência. Enganou metade dos Portugueses. A mim não. V. acha que ele é fascista, eu acho que ele é socialista como todos os anteriores: aumenta impostos para continuar a manter um sector público que não pára de engordar.
É verdade que arranjou guerras com metade do país. Parece estar a afrontar interesses. Quando um diz se fizer a história deste governo, verr-se-á que se limitou a aplicar camadas de tinta e verniz sobre a ferrugem.

Anónimo disse...

Bom, permita-me dizer-lhe que está a ser bastante purista. Há muito que o termo "fascista" é utilizado em contextos que se afastam parcialmente do fascismo histórico. Peço-lhe o favor de aceitar a evolução dos conceitos...

Anónimo disse...

A utilização do termo fascista tem vindo a ser utilizada noutros contextos, é verdade.
Tem vindo a ser usada por radicais de esquerda, para caracterizar tudo aquilo que não se aproxima das suas ideias.
Eu aceito a evolução dos conceitos, sem problemas.
Só que ao aceitarmos a evolução dos conceitos estamos muitas vezes a branquear as realidades originais que lhes deram origem.
é o caso do fascismo.
V. acusou-me de apoio velado ao fascismo, o que é uma rotunda mentira. Se alguém acaba por legitimar e desculpar o fascismo é precisamente V., ao usar o conceito de uma forma muito ampla.
De resto, nem sequer a este governo dou apoio. Infelizmente é pelas razões contrárias às suas. V. acha que este governo está a ser muito liberal e de direita, provavelmente.
eu acho que Sócrates está a ser tão socialista como todos os seus camaradas anteriores.
Um ano e meio depois, é preciso dizer que infelizmente Sócrates vai falhar no essencial: por Portugal no caminho certo.

Anónimo disse...

Por acaso, não acho que este governo está a ser muito liberal e de direita. Acho, sim, que tem uma maioria absoluta e que utiliza tal situação para fazer o que lhe der na real gana. Também não acho que esteja a ser absolutamente nada socialista, a não ser que nos queiramos referir ao facto de o Estado se colocar como pai e dono de todas as vidas. Mas mal...
Muito mal e é esse o problema todo. O Governo Sócrates, sob uma capa de gente que não pára de trabalhar, não tem solucionado nada, tem continuado a favorecer lobbies, tem jogado com a iletaracia generalizada dos portugueses de forma a dividir para reinar. Se há medidas a ser tomadas, que o sejam com pés e cabeça, que level a algum lado, que pareça haver, pelo menos, alguma luzinha ao fundo do túnel e não uma mera escuridão absoluta para a qual não se vê fim.
Como professor, muita coisa me preocupa - e não é fundamentalmente a bomba de fumo da avaliação dos pais. Como português, igualmente. Não me agrada nada ver a minha vida inteira sacrificada, prver a vida do meu filho igualmente sacrificada e, tudo isto, em nome de nada que se entenda. O Estado não favorece o crescimento e as empresas (que deveriam gerar a riqueza de um país) são, na generalidade, corruptas, inconfiáveis e amadoras (ou qualquer cocktail dos três aspectos).

Radical de esquerda? Ná. Aproximo-me do anarco-capitalismo com laivos de outras coisas em função de pragmatismos necessários e continuo a sentir-me no direito de apelidar o governo Sócrates de "fascista à moda de 2006".

Anónimo disse...

Concordo consigo!
Mas não apelide o homem de "fascista". Daqui a dois anos livrámo-nos dele.

Anónimo disse...

É verdade... ou, pelo menos, suponho que seja. Nessa altura, claro, muito mal estará feito e duvido que alguém se proponha desfazê-lo. O problema é que temos 32 anos de democracia (mas a democracia não pode ser o direito de "dizer mal" e o lançar votos de quatro em quatro anos; tem que ser muito mais)e, no actual instante, ninguém em quem confiar minimamente. Palavra que é de nos preocuparmos seriamente...

Anónimo disse...

Não desanime. Inscreva-se num partido. Convença os seus amigos. Lance um blog. Funde grupos de discussão e debate. Faça o que puder. Preocupe-se, mas depois "walk the talk".

Anónimo disse...

Se o tema do texto é a liberdade de escolha das escolas, falemos disso.
A liberdade de escolha é, na minha opinião, a destruição do papel fundamental de uma escola pública. A escola, além de ensinar, deve servir para tentar colmatar diferenças relacionadas com as origens sociais. Uma boa escola prepara todos por igual e garante igualdade de oportunidades, independentemente da origem.
Com a liberdae de escolha todo este princípio se esboroa. As boas escolas só aceitarão os melhores alunos para poderem manter o seu estatuto. Terão também de pagar melhor aos professores para garantir que estes permaneçam nos seus quadros. Para lhes pagar melhor terão de exigir propinas aos alunos. Logo se for bom aluno mas tiver origens humildes não poderá ter acesso.
A estes vão ficar reservadas as escolas que por qualquer motivo sejam rotuladas de más escolas. Que, sem dinheiro, nada mais farão do que prolongar as desigualdades da sociedade.
Basta ver no nosso concelho, para não falar no país, o que se passa com o ranking dos exames nacionais.
Poderão dizer-me e eu com isso, quero é a melhor escola para o meu filho. Pessoalmente não quero viver numa sociedade que não se preocupa em tentar criar condições mínimas de igualdade.
A escola em Portugal precisa de investir na exigência, acabar com o logro que é a escola inclusiva (extremamente discriminatória ao tantar forçar todos a uma via única independentemente das suas aptências). E precisa de investir em equipamentos que permitam aos alunos prepararem-se para o futuro. Tudo o resto é levantar poeira e prolongar o nosso último lugar em quase tudo o que é ranking.

Anónimo disse...

A liberdade de escolha nunca foi a base da destruição de nada.
A liberdade de escolha é a base de uma sociedade democrática.
V. acha que é o principio da destruição da escola pública.
mas porque raio é que a escola tem de ser pública? O que se ganha com isso?
O estado devia deixar de financiar escolas e financiar os alunos. E depois cada um ia para onde queria. Públicas ou privadas. Mas escolhiam...
Agora assim é que não. O estado dá-se ao luxo de obrigar os pais a educar os seus filhos em escolas que os pais não querem.
Por outro lado, a escola deixou de ser um lugar onde se aprende, para ser um lugar onde se passa tudo, e também se aprende um pouco.
A escola actual, acha que tem de "educar" em vez de instruir. Enxofram a cabeça da criançada sobre os maleficios do tabaco; de comer mal; de comportamento na estrada; a separar o lixo; das mudanças climáticas; da camada de ozono; blá, blá, blá...
Claro que com tanta coisa não sobra tempo para as ensinar a ler, escrever e contar.
Volte a dar-se aos professores liberdade para chumbar os alunos, aos directores das escolas autoridade para expulsar os alunos mal comportados; exija-se aos professores conhecimentos daquilo que ensinam; avalie-se os alunos; de-se aos pais a liberdade de escolher a escola, sem terem de mentir e dizer que os filhos vivem com tios ou avós, para que possam frequentar uma escola melhor.
Vao ver que as coisas melhoram. Devagar, mas melhoram.
E deixe de ser dar atenção aos sindicatos, essa brigada do reumático da incompetencia, que acha que as escolas existem para dar emprego aos professores e não para ensinar os alunos.

Anónimo disse...

Eu expliquei porque é que, na minha opinião, a livre escolha, no caso da escola, destrói aquele que na minha opinião é um dos papeis fundamentais dela.
O estado financiar os alunos, como também expliquei acima só prolonga desigualdades.
Mais, esta panaceia que o meu caro agora descobriu, já foi testada em vários países e abadonada pelas perversões que introduziu no sistema.
Uma sociedade só é democrática se todos os cidadãos possuírem as ferramentas necessárias a exercerem a cidadania. A escolha da escola é perfeitamente superfula para a maioria dos cidadãos desde que a escola pública cumpra devidamente o seu papel. E pode fazê-lo como o faz em vários países, isso custa é dinheiro.
Educar para a cidadania é fundamental em qualquer sociedade e a escola sempre serviu para mais do que ensinar. No tempo da velha senhora a escola ensinava a obediência, a adoração ao grande líder e também ensinava a ler, a escrever e a contar.
Ensinar os alunos a separarerm resíduos é fundamental nos dias que correm e pode ser feito sem grande deispêndio de tempo. Basta que na escola existam recipientes apropriados e se habituem os alunos a utilizá-los.
Quanto à necessidade de aumento de exigência e de um aumento da autonomia dos professores nada a dizer, estou plenamente de acordo.

Uma das coisas mais extraordinárias da educação em Portugal é que toda a gente sabe como é que devia funcionar. E normalmente quem decide nenhuma experiência tem de ensino.

Anónimo disse...

O que também é extraordinário é que supostamente os professores nunca foram tão versados em pedagogia e os alunos tão ignorantes.

Anónimo disse...

Depois do 25 de Abril as carreiras no ensino, dado o boom no número de alunos, foram abertas a todo o género de indivíduos. Muitos tinham apenas terminado o actual secundário, alguns nem isso.
Com a estabilização do número de alunos e o aumento do número de licenciados, o ensino tornou-se uma carreira atractiva para todos. Assim temos advogados que têm habilitação para leccionar quase tudo, engenheiros que se dedicam à Matemática. Se gente desta nunca teve qualquer cadeira da área da pedagogia, explique-me como são tão letrados na mesma.

A sua afirmação é engraçada e no seu grupo de amigos faria, se calhar, furor e deixá-los-ia boquiabertos com a sua sagacidade, num diálogo que se pretenda sério é infeliz.

Anónimo disse...

Estou encantado com a sua generosidade.
De qualquer forma foi bom ter reconhecido que o ensino é uma carreira atractiva. É que de tanto ouvir os professores a queixarem-se, cheguei a ter dúvidas.
De resto a minha afirmação não se prende tanto com esses docentes do pós 25 de Abril, mas com os mais recentemente chegados às escolas. Há muitos que são excelentes. Mas há outros que dão, por exemplo, erros básicos de português.
E que as disciplinas sobre pedagogia invadiram o ensino é uma evidencia. basta consultar um programa de qualquer curso da área de ensino.
Ou analisar o linguajar que qualquer texto sobre educação (a começar pelos do ministério) utiliza para se tirar essa conclusão.

Anónimo disse...

leiam o editorial do expresso de hoje

Anónimo disse...

Se o meu caro amigo me disser uma classe profissional que venha para a rua dizer que têm óptimas regalias, eu ficaria muito agradecido.

Tenho pena é que a todas as questões que lhe fui levantando, evitou responder. Sabe tanto sobre o ensino que me agradaria ler as suas respostas, para além dos truques de retórica em que é mestre.

Anónimo disse...

Mais uma vez, obrigado. Muito obrigado.
Eu, só sei que nada sei. O que de resto me aproxima de muitos dos adolescentes de hoje, produto do magnifico sistema de ensino que temos.

Anónimo disse...

Realmente está muito próximo dos adolescentes de todos os tempos, presunçoso e ignorante.
Continua é sem dar qualquer resposta.

LB

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

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