28 fevereiro 2006

História do Carnaval


Em Roma, em Glória ao deus Saturno, comemoravam-se as Saturnais. Esses festejos eram de tal importância que tribunais e escolas fechavam as portas durante o evento, escravos eram alforriados e as pessoas saíam às ruas para dançar. A euforia era geral. Na abertura dessas festas ao deus Saturno, carros com aparência de navios saíam na "avenida", com homens e mulheres nus. Estes eram chamados os carrum navalis. Muitos dizem que daí saiu a expressão carnevale.
A história do carnaval começa no princípio da nossa civilização, na origem dos rituais, nas celebrações da fertilidade e na colheita nas primeiras lavouras, às margens do Nilo, há seis mil anos atrás. Os primeiros agricultores exerciam a capacidade humana, que já nas cavernas distinguia-se em volta torno da fogueira, da dança, da música, da celebração... Foram na intenção da Deusa Isis, no Egipto Antigo, as primeiras celebrações carnavalescas. Com a evolução da sociedade grega evoluiram os rituais, acrescidos da bebida e do sexo, nos cultos ao Deus Dionisus com as celebrações dionisíacas. Na Roma Antiga bacanais, saturnais e lupercais festejavam os Deuses Baco, Saturno e Pã. A Sociedade Clássica acrescenta ainda uma função política de distenção social às celebrações, tolerando o espírito satírico, a crítica aos governos e governantes nos festejos.
A civilização judaico cristã fundamentada na abstinência, na culpa, no pecado, no castigo, na penitência e na redenção renega e condena o carnaval e muito embora seus principais representantes fossem contrários à sua realização, no séc. XV, o Papa Paulo II contribuiu para a sua evolução imprimindo uma mudança estética ao introduzir o baile de máscaras quando permitiu que em frente ao seu palácio, na Via Lata, se realizasse o carnaval romano. Como a Igreja proibira as manifestações sexuais no festejo, novas manifestações adquiriram forma: corridas, desfiles, fantasias, deboche e morbidez. Estava reduzido o carnaval à celebração ordeira, de carater artístico, com bailes e desfiles alegóricos.
Depois do Egipto, o primeiro, do segundo em Grécia e Roma Antigas e do terceiro, no Renascimento Europeu, particularmente em Veneza, o Carnaval encontra no Rio de Janeiro o seu quarto centro de excelência resgatando o espírito de Baco e Dionisus em tese de Hiram Araújo, estudioso do carnaval e do samba, ao contar uma história que completa seu sexto milênio e que acompanha a própria história da humanidade, a história do carnaval, considerando os seus Centros de Excelência, dividida em quatro períodos: o Originário, (4.000 anos a.C. ao século VII a.C.), o Pagão, (do século VII a.C. ao século VI d.C.), o Cristão (do século VI d.C. ao século XVIII d.C.) e o Contemporâneo (do século XVIII d.C. ao século XX).

"Centros de Excelência responsáveis pela criação e irradiação dos modelos da festa. Cada Centro de Excelência do Carnaval, age como verdadeira fábrica de forças centrípetas absorvendo as culturas dos povos e de forças centrífugas irradiando os modelos de carnaval para o mundo. Os padrões de carnaval irradiados sofrem adaptações nas cidades em que os carnavais ocorrem."

Comovente

Acabo de ver na televisão um novo anúncio. A preto e branco. Muito artistico.
Cheio de pessoas "famosas".
O anúncio mostra uma série de "famosos" a estalar os dedos, com o objectivo simpático de pressionar os governos (neste caso de Portugal) a acabar com a pobreza no mundo.
É de facto comovente.
O mundo, como se sabe, divide-se entre bons e maus. Os sensíveis que se preocupam e os insensíveis, que são uns malvados e cuja única preocupação é o poder.
Os políticos, como é evidente, fazem parte dos maus.
Os artistas, como toda a gente sabe pelas entrevistas que eles dão, são todos generosos e "super preocupados".
Fosse o mundo governado por artistas e "famosos" e logo a pobreza acabava.
Bastava estalar os dedos!

27 fevereiro 2006

Lata.

A juventude popular tem um blog na internet (http://www.jpfamalicao.blogspot.com). Muito bem, Parabéns.
Passei por lá a dar uma vista de olhos e deparei-me com um post magnifico. Datado de 23 de Janeiro, dias depois das eleições presidenciais, escreve-se: "Os Portugueses, pela primeira vez em Democracia, elegeram um Presidente da República vindo do centro-direita. Apesar dos conflitos do passado, o CDS mobilizou-se e apoiou com responsabilidade a candidatura que melhor servia o interesse Nacional."

Isto, repare-se, num blog da JP. Ora, que se saiba, a JP não apoiou Cavaco.
Fica-lhes mal este aproveitamento de vitórias alheias, de vitórias de candidatos que não apoiaram. Até porque quando dizem que o CDS se mobilizou para apoiar Cavaco, escondem que a JP não mexeu uma palha.

24 fevereiro 2006

Vá lá, decidam-se, por favor!

Capa do DN de hoje: "Caso dos cartoons não afecta [popularidade de] Freitas."

Óptimo. Mas na noticia, o jornalista Filipe Santos Costa escreve: "o caso dos cartoons parece ter afectado" Freitas do Amaral.

Deve ser a isto que se chama fazer um jornal para todos os públicos.

A casa dos outros.

Dá gosto ler na imprensa local os dirigentes partidários de um partido a falar dos problemas internos dos outros partidos.
Hoje foi a vez do Vereador Jorge Paulo Oliveira, no Opinião Pública, que disserta longamente sobre a vida interna do Partido Socialista.
Os dirigentes partidários têm, naturalmente, o direito a emitirem as suas opiniões a respeito do que quer que seja. E, no caso vertente do PS, a confusão que reina há anos na casa merece, além de gargalhadas, séria análise.
Só que lhes fica mal a pose de analistas independentes. Porque não o são.
Quantas vezes se pronunciou Jorge Paulo Oliveira sobre a vida interna do PSD nos últimos tempos? Pois!

Perdoa-me!

O nosso MNE, Freitas do Amaral, assina ontem, no Público, um fantástico artigo, onde basicamente diz que não disse aquilo que toda a gente diz que ele disse. Simples, portanto.
Ao que parece, Freitas apenas terá dito que era necessário "compreender" o outro lado.
Que o outro lado não esteja disposto a entender o nosso lado, aparentemente não o preocupa. E que o outro lado se procure fazer compreender à custa de invadir território estrangeiro (que é o que as embaixadas são), também é coisa que não o preocupa.
Já hoje, Sócrates veio dizer que ser corajoso é defender a paz. Lindo.
De grave mesmo, só o facto de serem estes os nossos governantes.

Mais liberdade de expressão

Um tribunal de Viena, Áustria, condenou um historiador britânico a três anos de prisão por ter negado o Holocausto. Os factos remontam ao final dos anos oitenta, quando David Irving publicou um livro em que negou o Genocídio dos Judeus durante a II Guerra Mundial.

As autoridades austríacas tinham um mandado de captura de Irving desde 1989, mas só detiveram o historiador em Novembro passado, durante uma operação de rotina da polícia de trânsito.

A negação do Holocausto é punível na Áustria até dez de prisão, mas Irving foi condenado apenas a três.
Ao chegar ao tribunal de Viena, o historiador afirmou estar a ser limitado no seu direito à liberdade de expressão.

A.O.

21 fevereiro 2006

Figuras da nossa terra - Padre Benjamim Salgado

O Padre Benjamim Salgado, nasceu em Joane a 8 de Maio de 1916.

Os primeiros anos da sua vida foram passados com os pais, em Joane, onde frequentou a escola primária local desde 1923 até 1927. É em Joane que, ainda criança, inicia a sua relação com a cultura e a arte, manifestando capacidades inatas para a música e teatro.
Concluída a primeira etapa da sua formação académica ingressa em 1927 no Seminário de Braga. Frequentou o curso de Humanidades, Filosofia e Teologia. Estudou ainda Oratória, na área da música, Harmonia/Composição Musical e em 1938 é ordenado sacerdote.

Dotado de grande humildade e simplicidade, desenvolve um importante conjunto de actividades, que fazem dele uma personalidade querida por todos os que com ele contactaram.

Após ser ordenado sacerdote, desenvolve uma série de actividades entre as quais ligadas à cultura. Compositor e regente de coros, é uma das mais plurifacetadas personalidades bracarenses. Foi, além de pároco e compositor para a liturgia, professor de Canto Gregoriano, História da Música, Piano e Harmónio, no Seminário Conciliar de Braga, director do jornal "Correio do Minho", fundador e director artístico de coros, director geral da Fundação Cupertino de Miranda, director da Casa de Camilo.

Em 1957, assumiu a direcção do Orfeão Famalicense que, com as solicitações dos Encontros de Coros, o levou a dedicar-se às músicas corais sacra e profana. Foi membro da Comissão Bracarense de Música Sacra e colaborou na NRMS, na adesão às mudanças litúrgicas trazidas pelo Concílio Vaticano II.

Em 2 de Janeiro de 1960, torna-se Vereador da Cultura, Viação e Trânsito e mais tarde, assume o lugar de Presidente da Câmara. Entre o leque de actividades que levou a cabo, destaca-se o empenho na renovação da Biblioteca, tendo sido seu director entre 1961 e 1971.

Faleceu a 28 de Janeiro de 1978


Nos vários campos da sua acção, salientam-se as seguintes actividades:
Pároco de S. Paio de Antas (Esposende) e de Requião (Famalicão)
Professor de Português no Seminário de Nª Sª da Conceição
Professor no Colégio de Riba d'Ave
Professor de Música no Seminário Conciliar
Membro da Comissão Arquidiocesana de Música Sacra
Fundador e Director do Coro do Centro de Arte e Cultura Popular de Bairro
Fundador e Director do Grupo Coral de Oliveira S. Mateus
Fundador e Director do Orfeão das Fábricas Riopele
Director Artístico do Orfeão Famalicense
Assistente Regional de Braga do Corpo Nacional de Escutas - Escutismo Católico Português
Director do Jornal "O Correio do Minho"
Director Cultural da Fundação Cupertino de Miranda
Director Cultural da Casa de Camilo e do Boletim Cultural
Presidente da Assembleia Geral do Grupo Desportivo de Joane
Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão

Publicações:
A Igreja do Divino Salvador de Joane, Apontamentos Para a Sua HistóriaEd. Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão,1978
Camilo em Datas, Factos e ComentáriosEd. Fundação Cupertino de Miranda, 1972

Foi ainda autor de um vasto leque de composições musicais.

A “passadeira” junto ao Café Central

Entre a sede da Junta de Freguesia e o Café Central existe um “passadeira” devidamente marcada no pavimento. Esta está sistematicamente ocupada com carros estacionados. Quase sempre de alta cilindrada, descapotáveis e/ou clássicos, quase sempre são os mesmos.
Um pouco mais de civismo não faz mal a ninguém meus senhores.

Um partido traumatizante?

A história dos ex-presidentes do CDS é uma história atribulada.

Freitas do Amaral, depois de ter sido fundador e presidente do partido, virou à esquerda e acelerou. E vai tão depressa que às vezes até o Bloco de Esquerda tem dificuldade em acompanhar.

Lucas Pires, outro ex-presidente do CDS, acabou mais tarde por ser euro-deputado nas listas do PSD.

Manuel Monteiro... bem... Manuel Monteiro, depois de ter sido presidente do CDS achou que não era apenas o Partido que precisava de renovação, era a própria Democracia, e fundou um partido para o fazer. Claro que, da mesma forma que uma andorinha não faz a Primavera, também uma andorinha não chega para fazer um novo partido, e Manuel Monteiro dedica-se agora a fazer tristes figuras.

De tudo isto ressalta uma pergunta: Que é que o CDS tem, que os seus ex-presidentes não aguentam por lá?

19 fevereiro 2006

Os Senhores Doutores sabem tudo de tudo.

Mal se soube que havia a possibilidade de as consultas médicas no Serviço Nacional de Saúde passarem a ser mais caras para os doentes, logo os médicos começaram a dizer que tal medida era "inconstitucional".
Por este andar ainda vamos ter os constitucionalistas a atender doentes nos hospitais.
Considerando a forma como alguns dos veterinários aí atendem os doentes, estes talvez nem sequer notassem a diferença.

17 fevereiro 2006

Sá Machado suspende militância no PS

Suspenso:

do Lat. suspensu
adj., pendurado; pendente; parado; sustado; perplexo; hesitante.

Vamos lá agora dizer bem...

Depois de um post a criticar um artigo do Vereador Tiago Durval (e que rendeu ao blog muitas visitas), chegou a altura de dizer bem.
O artigo publicado esta semana no Cidade Hoje critica, acertadamente, a posição do nosso (até me custa escrever este "nosso"...) MNE.
Freitas conseguiu o impensável: o Embaixador do Irão em Portugal elogiou a reacção do governo Português...

Mas que raio de país é que gosta de receber elogios do Irão???

16 fevereiro 2006

O que acontece a uma criança que rouba pão no Irão

Um nosso leitor ao qual agradecemos enviou-nos a seguintes imagens e texto:

“E estão eles indignados por causa de umas caricaturas...
Vou enviar em anexo, e ficará ao critério a publicação de um rapaz a ser castigado por ter roubado pão.
Passou-se no Irão...
Infelizmente, o que se vê nestas fotos é real e recente. Esta criança Iraniana roubou pão e está a ser castigada.
Indignem-se e passem…”





A defesa da liberdade.

Num post recente aqui publicado, a propósito dos cartoons, pergunta-se:
"E desde quando é que a liberdade de imprensa justifica manobras que em nada contribuem para o bem estar social, e muito pelo contrário, antes incitam a violência?"

Este post tem dado origem a uma interessante polémica. Num dos comentários de resposta, o autor do post diz:

"Porque somos vulveráveis é que devemos ser prudentes"

Em relaçao à primeira pergunta, a liberdade, incluindo a de imprensa, justificam-se sempre. E a questão não é a de saber se devia ter havido mais bom senso. Mas bom senso de quem? Bom senso, cada um tem o seu. não há um bom senso universal. Por isso, por muito maus que tenham sido os cartoons, a sua publicação deve ser defendida. Aqui, na europa, mandam as nossas leis, não a lei de países dirigidos por ditaduras teocráticas.

Quanto à questão da vulnerabilidade e da prudência, não podia estar mais em desacordo. É por estarmos a ser demasiado prudentes que somos vulneráveis.
A "prudencia" a que se refere o autor é a da cedencia perante valores que são fundamentais e que fazem de nós aquilo que somos.
Chamberlain também foi prudente perante Hitler? Mas vencemos a 2ª guerra, não porque fomos prudentes, mas porque fomos corajosos. Vencemos a guerra fria, não porque fomos prudentes, mas porque fomos ousados.
Estávamos, como agora, do lado certo, a defesa da liberdade.

E O NOMEADO É...

Segundo um artigo no diário nacional de maior tiragem (www.jn.sapo.pt/2006/02/15/minho/isto_e_eleicao_e_nomeacao_ps.html) só há um nomeado para a entrega da presidência da Comissão Política do PS de Vila Nova de Famalicão.
Eu sinceramente também não sei o que o candidato Fernando Salgado esperava. Com outro candidato tão jovem e bem-parecido, era evidente que as mulheres o iriam tramar! Ainda para mais quando não lhe deu os lugares devidos…
Brincadeiras à parte, esta história de quotas, discussões, berreiros, provocações, etc., etc., etc., faz-me mais parecer aqueles grupos bizarros, género IURD (sem qualquer ofensa), do que propriamente um partido político da dimensão do PS.

FM

15 fevereiro 2006

Município apoia paróquias do concelho

A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão decidiu apoiar várias paróquias do concelho.
São subsídios no valor total de 50 mil euros.
Os apoios, que se destinam essencialmente à concretização de obras de remodelação de diversos espaços, são de acordo com o presidente da autarquia, “um contributo importante para que estas instituições continuem a promover a solidariedade social junto das populações locais”.
Assim são:
15 mil euros para o Centro Social da Paróquia de Esmeriz;
10 mil euros à Paróquia de S. Martinho de Pousada de Saramagos;
25 mil euros para a paróquia de Fradelos.
Estes apoios foram aprovados por unanimidade, na última reunião do executivo camarário.

Ora aqui está uma excelente oportunidade.
Joane precisa urgentemente de uma capela mortuária, a câmara está a disponibilizar apoios.
Não podemos perder esta “onda”!!!

14 fevereiro 2006

Parabéns, 3000 visitas


Atingimos as 3000 visitas 92 dias após o “nascimento”. Parabéns a vocês! Parabéns a todos os que contribuem para alimentar este blog, parabéns aos comentadores.
A todos agradecemos a visita.
Este é um espaço de reflexão sobre tudo aquilo que de mais importante se passa na nossa terra e não só…

Ainda os cartoons

Venho trazer de novo o assunto à discussão porque discordo inteiramente com o que foi dito e comentado no post anterior sobre o mesmo assunto.
Sem surpresa, os cartoons dinamarqueses têm sido discutidos como um caso de liberdade de expressão versus respeito pelos símbolos religiosos.
E nesta discussão todos têm algo de sagrado. Uns têm deus e o seu profeta, os outros a liberdade de expressão.
Aparentemente Maomé aparece retratado em atitudes pouco proprias, sendo que a versão light seria a de Maomé com um turbante-bomba. Serà assim tão inocente a publicação destas caricaturas? E mais, serà sensato? Com que fim? Lançar polvora para uma fogueira a arder?
Os comentarios a esta publicação são de todo o gosto e feitio. sob q capa da liberdade de imprensa ofende-se de tudo um pouco e clama-se que os que nos indignamos somos a favor da censura.
Desde quando a liberdade de imprensa é fundamento para o desrespeito? E desde quando é que a liberdade de imprensa justifica manobras que em nada contribuem para o bem social, muito pelo contrario, antes incitam a violência?
A censura pode ser uma doença da sociedade, mas a desinformação também o é. Mais, tenho para mim que a desinformação é, ela propria uma forma de censura.
A questão para mim não esta em justificar actos de fundamentalistas islamicos ( que em nada se podem confundir com a religião que lhes esta subjacente) mas em condenar quem, sob a veste da liberdade contribui para a criação de um estado de sitio.
A.O.

Milagre da Fatima

Constança Cunha e Sá no www.o-espectro.blogspot.com

"Fátima Felgueiras decidiu peregrinar até Fátima, acompanhada de cinquenta camionetas apinhadas de apoiantes, para orar em paz", no sossego do santuário. A oração, como era de prever, acabou num verdadeiro arraial. Tudo muito "espontâneo", segundo a autarca, indignada com as perguntas dos jornalistas. A comprovar a "espontaneidade" dos festejos, os lenços, os postais e os pins largamente distribuídos continham frases como esta: Felgueiras Sempre Presente! Fátima, 11 de Fevereiro de 2006. Não fosse a sensibilidade religiosa dos portugueses estar também ligeiramente exacerbada, podia-se falar de um milagre, do quarto milagre de Fátima: o milagre da Fatinha e da multiplicação dos lenços, dos postais e dos pins. Como os tempos não estão para brincadeiras, resta-nos esperar que o Vaticano, que franziu o sobrolho à presença de budistas no interior do santuário, chame o bispo de Leiria a Roma e proíba este tipo de fantochadas. E já agora, se não desse muito trabalho, a Câmara também podia explicar quem é que pagou a viagem de todos estes peregrinos.
ccs
Aviso prévio: Não vale a pena vir com a liberdade de expressão e com o direito da Fatinha às suas peregrinações: até ver, as Igrejas são responsáveis pelos seus lugares de culto. "
N.R. Não sei porquê, assim de repente lembrei-me de Santiago de Compostela.
A.O.

10 fevereiro 2006

POIS É!

Bela abordagem do Vereador Municipal Durval Tiago Ferreira à política nacional (Jornal Cidade Hoje, 09/02/2006, pág. 9).

Mais bonita ainda a escolha das palavras que foram “floreando” o artigo: marketing, falta de competência, coabitação pacífica, erros de casting, lideranças fracas e desacreditadas, etc., etc., etc..

Pois é! Não fosse eu ter lido o artigo duas vezes e ficava a pensar que se tratava de uma biografia…

FM

Viagem de Alto Risco!

08:30 da manhã.
Uma comitiva presidencial abandona um Hotel.
A maioria da comitiva não sabe onde vai. Desconhecem o destino. Desconhecem a rota. É segredo.
Aparentemente é uma viagem de alto risco...

Um retrato do Iraque? Do Afeganistão?

Não, de Portugal, em 2006. Foi assim a visita de Jorge Sampaio, o ainda Presidente da República, ao concelho de Nelas.

08 fevereiro 2006

E mais nada...

Sobre o assunto dos cartoons, Pedro Mexia escreve o que há a escrever sobre o assunto em:
http://estadocivil.blogspot.com/
É simples.

07 fevereiro 2006

Cuidado, os Muçulmanos estão indignados.

Em Setembro, um obscuro jornal dinamarquês publicou uns cartoons com o profeta Maomé.
Quatro meses depois, os pobres muçulmanos descobrem que os cartoons foram publicados e reagiram indignados. E como é uma reacção de indignação? Bom, ao que parece inclui apedrejar igrejas católicas, matar um padre católico, incendiar embaixadas, e queimar desportivamente bandeiras de países europeus.

Na Europa, e em Portugal, não falta quem diga que é preciso compreender isto.
Freitas do Amaral, o nosso MNE é uma dessas pessoas. Mas compreender o quê? O que é que pode justificar tanta violência?

Se os muçulmanos gostam e querem viver numa sociedade que trata de forma diferente homens e mulheres, onde não há liberdade de imprensa nem de expressão, é lá com eles. Eu vivo bem com isso.
Mas agora já querem interferir com a nossa liberdade? Querem decidir que cartoons podemos ou não podemos publicar? Não gostam dos cartoons? Pois bem, nao leiam os nossos jornais.

Atropelos urbanísticos

Ao longo dos anos Joane tem crescido urbanisticamente. O planeamento do crescimento nem sempre tem acompanhado o nível que se exige. Falta plano estratégico, falta plano de pormenor (esse mesmo que o actual presidente da câmara prometeu para todas as Vilas em 2001). A ideia era boa sr. Arquitecto!
Mas a responsabilidade não é toda da Câmara Municipal. Os pequenos, médios e grandes investidores também têm responsabilidade.
Um atropelo urbanístico muito dificilmente se repara, senão vejamos,
- que solução tem o posto de abastecimento de combustível no lugar de S. Bento, junto à Capela?
- Que solução tem aquele edifício construído na “Devesa alta”?
Ao que parece, o conjunto de lojas da feira vai ter solução. Ainda bem.
Outros exemplos existem.
Vale a pena reflectir para que os erros do passado não comprometam o futuro.

05 fevereiro 2006

José Machado no seu melhor...

Quando se achava que as coisas já não podiam piorar, eis que José Machado, presidente do núcleo de Joane do PSD nos brinda com um comunicado.
Em síntese, o comunicado diz o seguinte:
Em Janeiro, os Joanenses foram inteligentes e fizeram a escolha certa, Cavaco Silva.
Em Outubro, os mesmos Joanenses foram estúpidos e fizeram a escolha errada.
Brilhante!

Mas o melhor do comunicado é mesmo a sua frase inicial:

Pela primeira vez, desde 1974, teremos um Presidente da República de direita.

Como? Cavaco Silva, de direita? E será o PSD também um partido de direita?
José Machado já terá lido o programa do partido?

Antes das eleições, José Machado, anunciava que se demitiria caso perdesse as eleições. Depois da derrota anunciou que ia entrar em reflexão.
Aparentemente continua em reflexão. O que é um mau sinal... Quererá José Machado continuar a presidente do núcleo do PSD? E, mais importante, terá condições para ganhar?

03 fevereiro 2006

Joanense é campeão nacional de saltos em titulo

António Portela Carneiro, do Centro Hípico de Joane vai receber o troféu desportivo " O Minhoto" referente ao ano 2005. O cavaleiro, que reside em Joane, é o campeão nacional de saltos em titulo e, portanto um dos melhores atletas da equitação nacional.
Há mais seis famalicenses nomeados para as várias modalidades : João Ruivo, no automobilismo; José Rodrigues, no ciclismo; Ricardinho, no futsal. Estão também nomeados os árbitros Fernando Ferrão e Manuel Moreira.
Há ainda dois clubes nomeados: o FC de Famalicão, na categoria de Clube Fomento Deporto Jovem, e a ARCA, no Clube Ligação Desporto/Cultura. Os galardões serão entregues em Caminha, no próximo dia 20, contando com a presença do secretário de Estado da Juventude e Desporto.
Ao António Portela Carneiro, não podemos deixar de felicitar pelos resultados que tem obtido, levando o bom nome do Centro Hípico de Joane por todo país. Parabéns Toni.

A.O.

O comunicado do PSD

É mau de mais para ser verdade.
São figuras como estas que matam a credibilidade dos partidos.
Por isso a revolução que o PSD prepara é extremamente importante.
Não resisto a citar parte de um artigo de Pacheco Pereira ontem no Público:

Em cada secção do partido existiam cem, duzentos, mil inscritos, de que nem dez por cento frequentavam as sedes e as reuniões, e metade destes eram membros da nomenclatura partidária. A esmagadora maioria dos membros que apareciam como pagando cota efectivamente não as pagavam, mas sim o presidente da secção ou o presidente dos "jovens" que os tinham como massa de manobra eleitoral. O pagamento colectivo de cotas era uma maneira de manter o controlo político de secções, federações e distritais, ou de inflacionar o número de militantes para garantir mais poder de negociação e mais delegados em congresso. Numa secção, o número dos militantes habitual eram oitenta, mas na véspera de cada acto eleitoral duplicava pela mão do presidente, que depois os fazia desaparecer até à próxima vez. Assim poupava nas cotas e garantia a reeleição, ao mesmo tempo que atrasava as filiações novas, que metia numa gaveta.

A crónica é sobre um partido imaginário... claro que sim. Mas qualquer semelhança com a realidade é pura verdade.

A culpa destas declarações não é de José Machado. Faz parte da incapacidade ser incapaz de reconhecer que se é incapaz.

02 fevereiro 2006

“Obrigado Joanenses”

O Presidente do PSD de Joane, José Machado, fez um comunicado a agradecer aos Joanenses a Vitória que deram a Cavaco Silva.
Aproveita e passa um atestado de insensatez aos Joanenses.
Aqui se reproduz integralmente para quem não acredita.
Tal como nós, os joanenses, de modo geral, desta feita, não têm dúvidas que fizeram a escolha mais acertada, ao contrário, do que sucedeu em Outubro ao não atribuírem a vitória ao nosso candidato a Presidente da Junta, Artur Fernandes, pois, agora, têm a certeza de que quem ficou a perder foi Joane e todos os joanenses”.

Inacreditável…

porque esta na ordem do dia ...


Um direito ou uma provocação?


"A ideia não é nova. O juízo que considera que privar os casais homossexuais do direito ao casamento é contrário à Constituição foi pronunciado em 2003 pelo Supremo Tribunal do Massachusetts. No ano passado, a Espanha de Zapatero fez orelhas moucas à igreja católica e legalizou os casamentos homossexuais. Mas, como de costume, os pioneiros vieram do Norte. A Dinamarca (1989), a Noruega (1993), a Suécia (1994), a Islândia (1996), a Alemanha (2001), a Finlândia (2002), abriram sucessivamente aos homossexuais o casamento ou um direito equivalente. O debate faz pois todo o sentido e poderá mesmo tornar-se aliciante de tal modo ele interroga uma das pedras basilares da nossa sociedade, em permanente mutação nos últimos cinquenta anos: a família.
Os franceses criaram em 1999 uma espécie de contrato de união social entre pessoas do mesmo sexo que deu origem a um incontestável progresso social. Mas, uma coisa é o progresso social, outra é a ordem social. Quando se reivindica um certificado de vida em comum, pede-se à sociedade que constate uma situação: dois concubinos, homossexuais ou heterossexuais, que vivem juntos. Trata-se de uma situação de facto, que pode produzir efeitos jurídicos, mas que não é um acto jurídico. A ideia generosa do contrato de união social é irrepreensível pois permite que duas pessoas assinem um compromisso, troquem mútuos consentimentos, promessas de apoio moral e material, e obtenham o mesmo estatuto dos casais em termos de direitos sociais e fiscais. Reconheço no entanto que me choca a ideia de acordar aos dois pais (ou mães), do mesmo sexo, o direito de reconhecerem em conjunto uma criança, de a adoptarem ou de recorrerem aos métodos de procriação medicamente assistida.
Com essa ideia dos casamentos homossexuais, no seu sentido mais duro de projecto jurídico, Oscar Wilde dará, sem dúvida, muitas reviravoltas no túmulo. Os candidatos ao casamento gay deveriam talvez meditar numa frase célebre desse seu ídolo: Os homens casam-se por cansaço e as mulheres por curiosidade. Ambos se desiludem.
Uma coisa é certa: o reconhecimento das uniões homossexuais não pode ser tratado na precipitação e na polémica. Pelo contrário, deve fazer-se na esfera de num amplo debate de sociedade." apud www.briteiros.blogspot.com

A.O.

Bacalhau com natas

Porque também queremos que em Joane se coma bem, aqui vai uma receita de BACALHAU COM NATAS, para quem se quiser aventurar...é muito facil!

INGREDIENTES:

4 posta(s) de bacalhau demolhado

6 dl leite

1 cebola(s) cortada(s) em rodelas

azeite

2 c. sopa farinha

1 kg batata(s)

noz moscada

2 dl natas

queijo ralado

sal q.b.

Pimenta q.b.

PREPARAÇÃO:
1. Coza as postas de bacalhau em leite.

2. Corte a cebola em rodelas finas e refogue em azeite até estar mole e transparente.

3. Escorra o bacalhau e desfaça-o em lascas e junte à cebolada. Deixe refogar lentamente. Polvilhe com farinha, mexa e regue com leite coado, onde cozeu antes o bacalhau. Deixe engrossar, mexendo de vez em quando.

4. Descasque e corte as batatas em cubos e frite em óleo não quente, de forma a deixá-las mais cozidas que fritas. Escorra as batatas e junte-as ao bacalhau. Tempere com sal, pimenta e noz-moscada.

5. Deite tudo num tabuleiro untado de ir ao forno, espalhe por cima as natas e polvilhe com queijo ralado(ou pão ralado). Leve ao forno até estar gratinado. Sirva com uma salada fresca de alface e tomate.

A.O.

01 fevereiro 2006

Há algo novo na blogosfera...

E não é o ForumJoane.
É "O Espectro", um novo blog, de Constança Cunha e Sá (editora de política da TVI) e de Vasco Pulido Valente (colunista do Público).
Simplesmente a não perder. Já não é preciso esperar pela sexta feira para ler VPV. Agora temo-lo em doses diárias em http://www.o-espectro.blogspot.com/