16 fevereiro 2006

A defesa da liberdade.

Num post recente aqui publicado, a propósito dos cartoons, pergunta-se:
"E desde quando é que a liberdade de imprensa justifica manobras que em nada contribuem para o bem estar social, e muito pelo contrário, antes incitam a violência?"

Este post tem dado origem a uma interessante polémica. Num dos comentários de resposta, o autor do post diz:

"Porque somos vulveráveis é que devemos ser prudentes"

Em relaçao à primeira pergunta, a liberdade, incluindo a de imprensa, justificam-se sempre. E a questão não é a de saber se devia ter havido mais bom senso. Mas bom senso de quem? Bom senso, cada um tem o seu. não há um bom senso universal. Por isso, por muito maus que tenham sido os cartoons, a sua publicação deve ser defendida. Aqui, na europa, mandam as nossas leis, não a lei de países dirigidos por ditaduras teocráticas.

Quanto à questão da vulnerabilidade e da prudência, não podia estar mais em desacordo. É por estarmos a ser demasiado prudentes que somos vulneráveis.
A "prudencia" a que se refere o autor é a da cedencia perante valores que são fundamentais e que fazem de nós aquilo que somos.
Chamberlain também foi prudente perante Hitler? Mas vencemos a 2ª guerra, não porque fomos prudentes, mas porque fomos corajosos. Vencemos a guerra fria, não porque fomos prudentes, mas porque fomos ousados.
Estávamos, como agora, do lado certo, a defesa da liberdade.

1 comentário:

Anónimo disse...

Post brilhante. Parabéns.
Como podemos ser "prudentes" a defender os nossos mais altos valores?! Como pode a Europa ter dúvidas em se fazer ouvir a alto e bom som que NUNCA nem por NADA vai abrir mão de valores que lhe são intrinsecos?